quarta-feira, 14 de maio de 2008

HUMBERTO DELGADO - HOMENAGEM AO GENERAL SEM MEDO 50 ANOS DEPOIS NO PORTO

O Porto, que "guarda os homens livres no âmago do seu coração", homenageou ontem Humberto Delgado, cinquenta anos depois do general, na abertura da campanha para as presidenciais, ser recebido por uma multidão impressionante. Nesse dia, prometeu deixar à cidade o seu coração, o Porto ergue-lhe agora uma estátua e lança um apelo para que seja reposta a verdade sobre a sua morte.

Foi Artur Santos Silva, durante a apresentação do volumoso livro Humberto Delgado/ Biografia do General Sem Medo, ontem de manhã, que lançou o desafio. Essa obra, escrita por Frederico Delgado Rosa, neto do biografado, deve ser o ponto de partida para amplo debate público e "relançamento do julgamento de Humberto Delgado". Porque o general, oposicionista de Salazar, "não foi morto a tiro, mas à paulada, num acto premeditado".

A brigada PIDE, que em 1965 assassinou o general Delgado na zona de Badajoz (Espanha), já levava consigo "ácido sulfúrico e cal" para precipitar a decomposição do cadáver, disse Santos Silva. O autor da biografia não confirma a presença de ácido sulfúrico, mas está provada a existência de cal. O relatório da autópsia, que as autoridades espanholas elaboraram, demonstra, sublinha Delgado Rosa, que o seu avô morreu na sequência de um "espancamento selvático". Mas esse facto "não convinha aos juízes do Tribunal de Santa Clara", Lisboa, que, em 1978, julgaram os elementos da polícia política, autores da cilada na zona de Badajoz.

O tribunal, que recusou o relatório das autoridade espanholas e a realização de uma nova autópsia, "fabricou uma mentira estrondosa", acusa o biógrafo do General sem Medo. "A morte a tiro fez do autor material o único bode expiatório, os restantes elementos foram assim ilibados." Os juízes defenderam a tese de que "a brigada da PIDE não foi para matar, mas para prender o general".

A homenagem ao general, 50 anos depois de passar pelo Porto e abrir caminho à queda da Ditadura, foi uma iniciativa da Fundação Humberto Delgado, Governo Civil e Câmara do Porto. A estátua, da autoria de José Rodrigues, que mostra Delgado envolto numa bandeira nacional, na Praça de Carlos Alberto, fica a escassos metros da antiga sede de candidatura do candidato oposicionista a Salazar. Na cerimónia intervieram também o autarca Rui Rio, o ministro Augusto Santos Silva, Isabel Oneto, governadora civil, Iva Delgado e Coelho dos Santos, que integrava a campanha de Delgado em 1958.

O que aconteceu no Porto, há 50 anos, com uma multidão estimada em 200 mil pessoas a receber Humberto Delgado, segundo Iva Delgado, filha do general, foi uma verdadeira revolução. "Foi um momento de paixão pela liberdade", disse. Por seu turno, Rui Rio lembrou que o povo do Porto, ao apoiar Delgado em 1958, demonstrou mais uma vez "ter razão antes do tempo".|

quarta-feira, 16 de abril de 2008

S.O.S. SIDADANIA

Meus amigos nada como visitar o SIDADANIA para estar informado sobre o HIV, suas manifestações e sua prevenção.


Deve ser terrível alguém receber a notícia de que está infectado e ainda mais quando sabe que essa circunstância se deve a ter descurado certas precauções.


Junte-se às vozes que se erguem pela causa do HIV. Faça como eu, um post de solidariedade para com o Raul mesmo que não seja versado na arte de escrever e mesmo que não se sinta à vontade em escrever sobre o HIV.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

ROLHAS DE CORTIÇA VÃO SER RECICLADAS


No âmbito das iniciativas ligadas à reciclagem de resíduos, a Quercus apresentou, na semana passada, o programa “Green Cork”, que visa a reciclagem de rolhas de cortiça.
Estas serão trituradas e aproveitadas para o fabrico de outros produtos aglomerados (isolamentos, juntas de dilatação, pavimentos ou revestimentos) e os proveitos económicos que resultarem desta actividade serão usados para financiar o programa “Criar Bosques, Conservar a Biodiversidade”.



Concebido pela Quercus, o programa “Green Cork” é desenvolvido em parceria com a Corticeira Amorim, a Biological e os hipermercados Continente. A iniciativa pretende atingir uma taxa de 30 por cento de reciclagem de rolhas de cortiça no prazo de 4 anos, contribuir para a sustentabilidade do sobreiro e, ainda, sensibilizar as pessoas para as vantagens ambientais dos produtos de cortiça.

As rolhas recolhidas serão vendidas à Corticeira Amorim, que as reutilizará para a fabricação de outros produtos. Antes disso, o Continente e a Biological desempenharão um papel importante na sua recolha.

Fonte: Portal Ambiente Online

segunda-feira, 24 de março de 2008

SEM ÁGUA NÃO HÁ VIDA. A ÁGUA É UM BEM ESCASSO

Sem água não há vida. Ela cobre quase três quartos da superfície terrestre e é um bem indispensável à actividade do homem.

Porém, a água potável acessível é relativamente escassa, pelo que se torna necessária a sua preservação e a defesa da sua qualidade.

Para que tal seja possível, é necessário que todos estejamos informados sobre os problemas existentes e o que é possível fazer. Só assim, este tesouro comum chegará às gerações futuras.

A vossa contribuição é fundamental.

Não desperdiçar água é um dever cívico.

Portugal é dos países que regista um maior consumo de água per capita.

quinta-feira, 6 de março de 2008

domingo, 2 de março de 2008

GOVERNO ESTUDA VIABILIDADE FINANCEIRA DA RECICLAGEM DE FRALDAS

O Governo está a estudar a viabilidade financeira de um sistema de reciclagem nacional de fraldas descartáveis, já que toneladas destes resíduos são todos os dias depositadas em aterros, onde podem resistir 500 anos, ou queimadas em incineradoras.


Com excepção dos distritos de Lisboa e Porto, onde as incineradoras da Valorsul e Lipor queimam o lixo doméstico, e de pequenos sistemas de tratamento do lixo como o do concelho de Oeiras, no resto do país o destino das fraldas são os aterros, onde podem demorar 500 anos a deteriorar-se.

Dados da Valorsul, a que a agência Lusa teve acesso, indicam que os têxteis sanitários (fraldas, pensos higiénicos) representam cerca de cinco por cento da totalidade dos resíduos sólidos urbanos recebidos pelos carros de lixo de recolha indiferenciada.

"Dentro desses cinco por cento, podemos afirmar que a maior parte são fraldas", afirmou fonte da Valorsul, que trata o lixo dos concelhos da Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira.

Os últimos estudos internacionais sobre as fraldas, consideradas um dos piores resíduos domésticos, indicam que cada bebé usa cerca de cinco mil fraldas nos primeiros dois ou três anos, o que corresponde a cerca de uma tonelada de resíduos.

A sua colocação em aterro é um problema ambiental que vários países têm evitado, recorrendo à instalação de centros de reciclagem que, á semelhança da Sociedade Ponto Verde que recolhe as embalagens, recolhe as fraldas e recicla o plástico e pasta de papel que as compõem.

"A possibilidade de instalar unidades de reciclagem de fraldas está a ser alvo de um estudo de viabilidade económica e financeira que deverá estar concluída no final deste semestre", afirmou à Lusa fonte do Ministério do Ambiente.

Há já uma empresa interessada no negócio, que desde há dois anos aguarda regulamentação e autorização parta instalar três unidades de reciclagem, um negócio que promoveu recentemente em Espanha.

Por definir está a forma como poderão ser recolhidas as fraldas, se colocando ecopontos em locais específicos (como creches ou maternidades) ou fazendo a recolha porta-a-porta.

Aura Carvalho, da Tecnoexpor, empresa que está a tentar trazer a tecnologia para Portugal, explica que as fraldas descartáveis têm um baixo valor calórico para incineração e que a sua tecnologia pode retirar por completo as fraldas descartáveis dos aterros.

A tecnologia, desenvolvida pela empresa Knowaste, mas divulgada pela Tecnoexpor, desinfecta e separa todos os componentes das fraldas - a pasta de papel, o plástico - e transforma-os em produtos reciclados, como telhas, solas de sapatos ou papel de parede.