O Porto, que "guarda os homens livres no âmago do seu coração", homenageou ontem Humberto Delgado, cinquenta anos depois do general, na abertura da campanha para as presidenciais, ser recebido por uma multidão impressionante. Nesse dia, prometeu deixar à cidade o seu coração, o Porto ergue-lhe agora uma estátua e lança um apelo para que seja reposta a verdade sobre a sua morte.
Foi Artur Santos Silva, durante a apresentação do volumoso livro Humberto Delgado/ Biografia do General Sem Medo, ontem de manhã, que lançou o desafio. Essa obra, escrita por Frederico Delgado Rosa, neto do biografado, deve ser o ponto de partida para amplo debate público e "relançamento do julgamento de Humberto Delgado". Porque o general, oposicionista de Salazar, "não foi morto a tiro, mas à paulada, num acto premeditado".
A brigada PIDE, que em 1965 assassinou o general Delgado na zona de Badajoz (Espanha), já levava consigo "ácido sulfúrico e cal" para precipitar a decomposição do cadáver, disse Santos Silva. O autor da biografia não confirma a presença de ácido sulfúrico, mas está provada a existência de cal. O relatório da autópsia, que as autoridades espanholas elaboraram, demonstra, sublinha Delgado Rosa, que o seu avô morreu na sequência de um "espancamento selvático". Mas esse facto "não convinha aos juízes do Tribunal de Santa Clara", Lisboa, que, em 1978, julgaram os elementos da polícia política, autores da cilada na zona de Badajoz.
O tribunal, que recusou o relatório das autoridade espanholas e a realização de uma nova autópsia, "fabricou uma mentira estrondosa", acusa o biógrafo do General sem Medo. "A morte a tiro fez do autor material o único bode expiatório, os restantes elementos foram assim ilibados." Os juízes defenderam a tese de que "a brigada da PIDE não foi para matar, mas para prender o general".
A homenagem ao general, 50 anos depois de passar pelo Porto e abrir caminho à queda da Ditadura, foi uma iniciativa da Fundação Humberto Delgado, Governo Civil e Câmara do Porto. A estátua, da autoria de José Rodrigues, que mostra Delgado envolto numa bandeira nacional, na Praça de Carlos Alberto, fica a escassos metros da antiga sede de candidatura do candidato oposicionista a Salazar. Na cerimónia intervieram também o autarca Rui Rio, o ministro Augusto Santos Silva, Isabel Oneto, governadora civil, Iva Delgado e Coelho dos Santos, que integrava a campanha de Delgado em 1958.
O que aconteceu no Porto, há 50 anos, com uma multidão estimada em 200 mil pessoas a receber Humberto Delgado, segundo Iva Delgado, filha do general, foi uma verdadeira revolução. "Foi um momento de paixão pela liberdade", disse. Por seu turno, Rui Rio lembrou que o povo do Porto, ao apoiar Delgado em 1958, demonstrou mais uma vez "ter razão antes do tempo".|
quarta-feira, 14 de maio de 2008
quarta-feira, 16 de abril de 2008
S.O.S. SIDADANIA
Meus amigos nada como visitar o SIDADANIA para estar informado sobre o HIV, suas manifestações e sua prevenção.
Deve ser terrível alguém receber a notícia de que está infectado e ainda mais quando sabe que essa circunstância se deve a ter descurado certas precauções.
Junte-se às vozes que se erguem pela causa do HIV. Faça como eu, um post de solidariedade para com o Raul mesmo que não seja versado na arte de escrever e mesmo que não se sinta à vontade em escrever sobre o HIV.
Deve ser terrível alguém receber a notícia de que está infectado e ainda mais quando sabe que essa circunstância se deve a ter descurado certas precauções.
Junte-se às vozes que se erguem pela causa do HIV. Faça como eu, um post de solidariedade para com o Raul mesmo que não seja versado na arte de escrever e mesmo que não se sinta à vontade em escrever sobre o HIV.
sexta-feira, 11 de abril de 2008
ROLHAS DE CORTIÇA VÃO SER RECICLADAS
No âmbito das iniciativas ligadas à reciclagem de resíduos, a Quercus apresentou, na semana passada, o programa “Green Cork”, que visa a reciclagem de rolhas de cortiça. Estas serão trituradas e aproveitadas para o fabrico de outros produtos aglomerados (isolamentos, juntas de dilatação, pavimentos ou revestimentos) e os proveitos económicos que resultarem desta actividade serão usados para financiar o programa “Criar Bosques, Conservar a Biodiversidade”.
Concebido pela Quercus, o programa “Green Cork” é desenvolvido em parceria com a Corticeira Amorim, a Biological e os hipermercados Continente. A iniciativa pretende atingir uma taxa de 30 por cento de reciclagem de rolhas de cortiça no prazo de 4 anos, contribuir para a sustentabilidade do sobreiro e, ainda, sensibilizar as pessoas para as vantagens ambientais dos produtos de cortiça.
As rolhas recolhidas serão vendidas à Corticeira Amorim, que as reutilizará para a fabricação de outros produtos. Antes disso, o Continente e a Biological desempenharão um papel importante na sua recolha.
Fonte: Portal Ambiente Online
segunda-feira, 24 de março de 2008
SEM ÁGUA NÃO HÁ VIDA. A ÁGUA É UM BEM ESCASSO
Sem água não há vida. Ela cobre quase três quartos da superfície terrestre e é um bem indispensável à actividade do homem.
Porém, a água potável acessível é relativamente escassa, pelo que se torna necessária a sua preservação e a defesa da sua qualidade.
Para que tal seja possível, é necessário que todos estejamos informados sobre os problemas existentes e o que é possível fazer. Só assim, este tesouro comum chegará às gerações futuras.
A vossa contribuição é fundamental.
Não desperdiçar água é um dever cívico.
Portugal é dos países que regista um maior consumo de água per capita.
Porém, a água potável acessível é relativamente escassa, pelo que se torna necessária a sua preservação e a defesa da sua qualidade.
Para que tal seja possível, é necessário que todos estejamos informados sobre os problemas existentes e o que é possível fazer. Só assim, este tesouro comum chegará às gerações futuras.
A vossa contribuição é fundamental.
Não desperdiçar água é um dever cívico.
Portugal é dos países que regista um maior consumo de água per capita.
segunda-feira, 17 de março de 2008
quinta-feira, 6 de março de 2008
FLÁVIA VIVENDO EM COMA - JUSTIÇA EXIGE-SE
Visite:
Silêncio Culpado - http://silencioculpado.blogspot.com
Flávia Vivendo em Coma - http://flaviavivendoemcoma.blogspot.com
domingo, 2 de março de 2008
GOVERNO ESTUDA VIABILIDADE FINANCEIRA DA RECICLAGEM DE FRALDAS
O Governo está a estudar a viabilidade financeira de um sistema de reciclagem nacional de fraldas descartáveis, já que toneladas destes resíduos são todos os dias depositadas em aterros, onde podem resistir 500 anos, ou queimadas em incineradoras.
Com excepção dos distritos de Lisboa e Porto, onde as incineradoras da Valorsul e Lipor queimam o lixo doméstico, e de pequenos sistemas de tratamento do lixo como o do concelho de Oeiras, no resto do país o destino das fraldas são os aterros, onde podem demorar 500 anos a deteriorar-se.
Dados da Valorsul, a que a agência Lusa teve acesso, indicam que os têxteis sanitários (fraldas, pensos higiénicos) representam cerca de cinco por cento da totalidade dos resíduos sólidos urbanos recebidos pelos carros de lixo de recolha indiferenciada.
"Dentro desses cinco por cento, podemos afirmar que a maior parte são fraldas", afirmou fonte da Valorsul, que trata o lixo dos concelhos da Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira.
Os últimos estudos internacionais sobre as fraldas, consideradas um dos piores resíduos domésticos, indicam que cada bebé usa cerca de cinco mil fraldas nos primeiros dois ou três anos, o que corresponde a cerca de uma tonelada de resíduos.
A sua colocação em aterro é um problema ambiental que vários países têm evitado, recorrendo à instalação de centros de reciclagem que, á semelhança da Sociedade Ponto Verde que recolhe as embalagens, recolhe as fraldas e recicla o plástico e pasta de papel que as compõem.
"A possibilidade de instalar unidades de reciclagem de fraldas está a ser alvo de um estudo de viabilidade económica e financeira que deverá estar concluída no final deste semestre", afirmou à Lusa fonte do Ministério do Ambiente.
Há já uma empresa interessada no negócio, que desde há dois anos aguarda regulamentação e autorização parta instalar três unidades de reciclagem, um negócio que promoveu recentemente em Espanha.
Por definir está a forma como poderão ser recolhidas as fraldas, se colocando ecopontos em locais específicos (como creches ou maternidades) ou fazendo a recolha porta-a-porta.
Aura Carvalho, da Tecnoexpor, empresa que está a tentar trazer a tecnologia para Portugal, explica que as fraldas descartáveis têm um baixo valor calórico para incineração e que a sua tecnologia pode retirar por completo as fraldas descartáveis dos aterros.
A tecnologia, desenvolvida pela empresa Knowaste, mas divulgada pela Tecnoexpor, desinfecta e separa todos os componentes das fraldas - a pasta de papel, o plástico - e transforma-os em produtos reciclados, como telhas, solas de sapatos ou papel de parede.
Com excepção dos distritos de Lisboa e Porto, onde as incineradoras da Valorsul e Lipor queimam o lixo doméstico, e de pequenos sistemas de tratamento do lixo como o do concelho de Oeiras, no resto do país o destino das fraldas são os aterros, onde podem demorar 500 anos a deteriorar-se.
Dados da Valorsul, a que a agência Lusa teve acesso, indicam que os têxteis sanitários (fraldas, pensos higiénicos) representam cerca de cinco por cento da totalidade dos resíduos sólidos urbanos recebidos pelos carros de lixo de recolha indiferenciada.
"Dentro desses cinco por cento, podemos afirmar que a maior parte são fraldas", afirmou fonte da Valorsul, que trata o lixo dos concelhos da Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira.
Os últimos estudos internacionais sobre as fraldas, consideradas um dos piores resíduos domésticos, indicam que cada bebé usa cerca de cinco mil fraldas nos primeiros dois ou três anos, o que corresponde a cerca de uma tonelada de resíduos.
A sua colocação em aterro é um problema ambiental que vários países têm evitado, recorrendo à instalação de centros de reciclagem que, á semelhança da Sociedade Ponto Verde que recolhe as embalagens, recolhe as fraldas e recicla o plástico e pasta de papel que as compõem.
"A possibilidade de instalar unidades de reciclagem de fraldas está a ser alvo de um estudo de viabilidade económica e financeira que deverá estar concluída no final deste semestre", afirmou à Lusa fonte do Ministério do Ambiente.
Há já uma empresa interessada no negócio, que desde há dois anos aguarda regulamentação e autorização parta instalar três unidades de reciclagem, um negócio que promoveu recentemente em Espanha.
Por definir está a forma como poderão ser recolhidas as fraldas, se colocando ecopontos em locais específicos (como creches ou maternidades) ou fazendo a recolha porta-a-porta.
Aura Carvalho, da Tecnoexpor, empresa que está a tentar trazer a tecnologia para Portugal, explica que as fraldas descartáveis têm um baixo valor calórico para incineração e que a sua tecnologia pode retirar por completo as fraldas descartáveis dos aterros.
A tecnologia, desenvolvida pela empresa Knowaste, mas divulgada pela Tecnoexpor, desinfecta e separa todos os componentes das fraldas - a pasta de papel, o plástico - e transforma-os em produtos reciclados, como telhas, solas de sapatos ou papel de parede.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
SERÁ MUITO DIFÍCIL PORTUGAL CUMPRIR AS METAS DE RECICLAGEM DE REEE
Para Bruno Vidal, director da Interecycling, «será muito difícil para Portugal cumprir as metas europeias de reciclagem de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos (REEE)», meta essa que se cifra nos 4 kg por habitante.
Portugal precisa, segundo o responsável, de acções de sensibilização mais focalizadas neste mercado e de campanhas mais directas, já que, segundo um inquérito realizado pela Amb3E, 80 por cento da população não sabe o que fazer com os REEE. A acção das entidades gestoras tem sido, para Bruno Vidal, «bastante satisfatória», com excepção do campo da sensibilização. «A sua eficácia não está a ser a melhor ou a pretendida», refere.
Fora de Portugal existem bons exemplos. Há muitos países cujos resultados comprovam que as metas são exequíveis, como a Suíça, a Holanda, a Noruega ou a Suécia, que alcançaram resultados «francamente superiores», diz. Por exemplo, a Noruega reciclou cerca de16 kg por habitante e a Holanda 9 kg. Apesar de «serem realidades e economias diferentes, provam que os 4 kg são exequíveis», diz, acrescentando que «ainda há um longo caminho a percorrer em Portugal».
Com o aparecimento das entidades gestoras em 2006 - Amb3E e ERP - «houve apenas uma deslocalização da proveniência dos REEE. Tratou-se apenas de uma substituição de mercado, pois já tínhamos muitas empresas com quem trabalhávamos», explica. Numa primeira fase, diz, sentiu-se apenas o impacto directo a nível administrativo, tendo havido um ligeiro aumento em 2007.
Criada em 2001, a Interecycling já ultrapassou uma fase menos positiva nos seus resultados financeiros. A empresa surgiu, segundo um responsável, «desadequada em relação ao que o mercado fazia», pelo que passou por um período menos positivo. No entanto, em 2005, após ter conseguido formar um mercado e de ter apostado na sensibilização, conseguiu superar as dificuldades encontradas no início da sua actividade, recorda.
Apesar de ter uma capacidade instalada para 35 mil toneladas, a Interecycling reciclou, em 2007, cerca de 7 500 toneladas de REEE. Ainda assim, a empresa investiu 700 mil euros no ano passado e este ano irá investir cerca 1,5 milhões de euros em melhorias no processo produtivo e das fracções finais.
Autor / Fonte Sofia Vasconcelos
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
EUROPA TEM QUE CUMPRIR METAS AMBIENTAIS
O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, afirmou em Bruxelas que a União Europeia não será levada a sério se desrespeitar as metas acordadas no quadro do plano de combate às alterações climáticas e melhoria da eficiência energética, informa a Lusa.
Barroso falava no Parlamento Europeu, por ocasião da apresentação do pacote energético, que inclui o «roteiro» para o cumprimento das metas acordadas em Março de 2007 e a divisão de esforços entre os Estados-membros para as alcançar.
No ano passado, os 27 acordaram reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, principalmente o dióxido de carbono (CO2), em 20 por cento até 2020, e aumentar a parte das energias renováveis para 20 por cento do consumo total, igualmente em 2020.
Estes alvos foram postos em causa sobretudo pelo sector da indústria, mas Bruxelas manteve-os, tendo Barroso afirmado esta quarta-feira que discorda «daqueles que dizem que a mudança tem um custo demasiado elevado e não resta alternativa a enterrar a cabeça na areia e esperar pelo melhor».
«Há um custo, mas é exequível», afirmou, apontando que o esforço adicional para levar a cabo estas propostas será menos de 0,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, e mesmo no mais optimista dos cenários a «inacção representaria dez vezes mais que isso».
Por outro lado, defendeu, a transição para uma economia de reduzidas emissões poluentes constitui «uma oportunidade económica imensa» para a Europa, e o sector das energias renováveis, por si só, criará um milhão de postos de trabalho até 2020.
«Estou certo de que a indústria europeia irá mostrar a sua capacidade para inovar e se adaptar».
AGRICULTURA DEVE TER EM CONTA O AQUECIMENTO GLOBAL
O ministro da Agricultura, Jaime Silva, disse, em Bruxelas, que a Política Agrícola Comum (PAC) terá que responder no futuro a problemas como as alterações climáticas e a desertificação.
A Comissão Europeia apresentou já uma série de propostas no âmbito do controlo de saúde (health check) da reforma de 2003 da PAC, nomeadamente a limitação das ajudas concedidas a grandes explorações e o reforço das verbas para o desenvolvimento rural.
Os temas das alterações climáticas e da desertificação são problemas que há que ter em conta nas linhas de orientação para o pós-2013, quando termina a vigência da actual PAC.
A Comissão Europeia apresentou já uma série de propostas no âmbito do controlo de saúde (health check) da reforma de 2003 da PAC, nomeadamente a limitação das ajudas concedidas a grandes explorações e o reforço das verbas para o desenvolvimento rural.
Os temas das alterações climáticas e da desertificação são problemas que há que ter em conta nas linhas de orientação para o pós-2013, quando termina a vigência da actual PAC.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
COMBATE DE EMISSÃO DE GASES COM EFEITO DE ESTUFA CUSTA 60 MIL MILHÕES DE EUROS
Sessenta mil milhões de euros é quanto a União Europeia vai gastar anualmente para combater, até 2020, as emissões de gases com efeito de estufa, estimou esta segunda-feira o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.
«Estas acções [de combate] terão um custo, mesmo se pensarmos que podemos limitar o montante da factura anual a 0,5 por cento do Produto Interno Bruto» europeu, ou seja, 60 mil milhões de euros, explicou Durão Barroso durante uma intervenção em Londres.
«Mas estas acções deverão permitir à União Europeia reduzir 50 mil milhões de euros por ano na factura das importações de gás e petróleo», assegurou.
As declarações de Durão Barroso foram proferidas dois dias antes de a Comissão Europeia apresentar uma série de medidas restritivas para responder ao compromisso assumido em Março de 2007 pelos dirigentes da União Europeia de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 20 por cento em 2020.
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