Para Bruno Vidal, director da Interecycling, «será muito difícil para Portugal cumprir as metas europeias de reciclagem de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos (REEE)», meta essa que se cifra nos 4 kg por habitante.
Portugal precisa, segundo o responsável, de acções de sensibilização mais focalizadas neste mercado e de campanhas mais directas, já que, segundo um inquérito realizado pela Amb3E, 80 por cento da população não sabe o que fazer com os REEE. A acção das entidades gestoras tem sido, para Bruno Vidal, «bastante satisfatória», com excepção do campo da sensibilização. «A sua eficácia não está a ser a melhor ou a pretendida», refere.
Fora de Portugal existem bons exemplos. Há muitos países cujos resultados comprovam que as metas são exequíveis, como a Suíça, a Holanda, a Noruega ou a Suécia, que alcançaram resultados «francamente superiores», diz. Por exemplo, a Noruega reciclou cerca de16 kg por habitante e a Holanda 9 kg. Apesar de «serem realidades e economias diferentes, provam que os 4 kg são exequíveis», diz, acrescentando que «ainda há um longo caminho a percorrer em Portugal».
Com o aparecimento das entidades gestoras em 2006 - Amb3E e ERP - «houve apenas uma deslocalização da proveniência dos REEE. Tratou-se apenas de uma substituição de mercado, pois já tínhamos muitas empresas com quem trabalhávamos», explica. Numa primeira fase, diz, sentiu-se apenas o impacto directo a nível administrativo, tendo havido um ligeiro aumento em 2007.
Criada em 2001, a Interecycling já ultrapassou uma fase menos positiva nos seus resultados financeiros. A empresa surgiu, segundo um responsável, «desadequada em relação ao que o mercado fazia», pelo que passou por um período menos positivo. No entanto, em 2005, após ter conseguido formar um mercado e de ter apostado na sensibilização, conseguiu superar as dificuldades encontradas no início da sua actividade, recorda.
Apesar de ter uma capacidade instalada para 35 mil toneladas, a Interecycling reciclou, em 2007, cerca de 7 500 toneladas de REEE. Ainda assim, a empresa investiu 700 mil euros no ano passado e este ano irá investir cerca 1,5 milhões de euros em melhorias no processo produtivo e das fracções finais.
Autor / Fonte Sofia Vasconcelos
4 comentários:
gostei de ler esta informação, realmente é algo k preocupa a quantidade de lixo eletrico e eletronico por reciclar...e soluçoes dificeis.um abraço
Quero agradecer sua visita ao meu blog, BOA LEITURA.
Vou linkar seu blog em minha seção Blogs Amigos, uma forma de agilizar minhas visitas aos amigos.
Voltarei depois com mais tempo para comentar seu post do resíduos de equipamentos eletro-eletrônicos, que considero altamente importante principalmente para os países menos desenvolvidos, que acabam sofrendo acidentes perigosos, pela falta de informação do povo.
No Brasil isso já foi crônica policial.
Abraço
Quero agradecer a você pelo seu comentário e elogio ao meu artigo e também por participar do debate deste assunto tão importante para todos nós, jovens ou idosos. Deixei no blog "O Silêncio Culpado" um recado para você, mas caso você não o veja, aqui está o endereço para comprar o meu livro "O Que é Velhice" online pelo site da Livraria Saraiva, cujo endereço é este aqui:
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Gostei do texto.
Lamentável que só as coisas boas sejam difíceis de cumprir!!
Feliz final de semana.
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